Republicana convicta, feminista e defensora dos direitos das mulheres, fundou o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas em 1914, promovendo o voto feminino, a educação e a proteção da infância. Lutou pela criação de maternidades, pela licença de maternidade e pela melhoria das condições de vida das mulheres trabalhadoras.
Foi também ativista em várias causas sociais, incluindo o combate à prostituição e ao alcoolismo. Em Angola, continuou a sua missão médica e educativa. Usou a ciência como ferramenta de transformação social, defendendo a igualdade de género como base de uma sociedade mais justa e saudável.
Faleceu em Lisboa, a 19 de setembro de 1935. Em 1995, foi agraciada a título póstumo com a Medalha de Grande Oficial da Ordem da Liberdade, reconhecendo o seu legado humanista e feminista.
A sua vida foi um exemplo de coragem, altruísmo e dedicação ao bem comum, sendo hoje reconhecida como uma das grandes pioneiras da cidadania e dos direitos humanos em Portugal. (Rodrigues, Coelho, Brandão & Zholtsikava, 2023)
Por deliberação do Conselho Municipal de Educação de Elvas, o Agrupamento de Escolas nº1 de Elvas passa a designar-se Agrupamento Adelaide Cabete.
Vídeo de Maitê Proença sobre Adelaide Cabete:
Bibliografia:
Rodrigues, J., Coelho, A. B. D., Brandão, L. C., & Zholtsikava, V. (2023). Adelaide Cabete: uma pedra angular na construção da humanidade. European Review of Artistic Studies, 14(2), 87–104. https://doi.org/10.37334/eras.v14i2.297